Terça-feira, 12 de maio de 2015
Antes de mais nada, um pequeno esclarecimento: durante e após o Lisboa Moto Show, onde foi apresentada a scooter aqui em teste, a Honda Forza 125, surgiram comentários criticando o seu preço e principalmente comparações com a PCX.
São duas scooters diferentes em quase tudo: dimensões, soluções de arrumação, conforto para condutor e passageiro, ciclística e performances, logo, qualquer tipo de comparações em relação ao custo de cada uma delas é algo inusitado e sem lógica.
Com as devidas distâncias e continuando na Honda, seria o mesmo que comparar um Jazz com um Civic. Sim, os dois tem 4 rodas e motor e são ambos excelentes automóveis só que, são mais as diferenças que os separam do que as semelhanças que os unem e é isso exatamente o que acontece entre a PCX e a nova Forza.;
A PCX é uma scooter utilitária e a Forza é uma scooter Executiva com qualidade Premium!
No que diz respeito ao design, a Honda Forza 125 é uma lufada de ar fresco!
Finalmente uma marca que, apostando forte nas novas tecnologias de iluminação (uso total de Leds), colocou de lado as, já mais que vistas duas óticas paralelas, optando por uma nova assinatura frontal onde mesmo assim, conseguem-se vislumbrar algumas reminiscências provenientes da Integra.
A Forza é uma scooter alta (780 mm do assento ao chão) e possuindo um assento largo que, de alguma forma, "rouba" mais uns centímetros à amplitude das pernas e não possuindo uma plataforma plana para a colocação dos pés - o que sempre facilitaria as entradas e saídas -, poderá causar algumas dificuldades aos menos altos
Todavia, por ser uma das scooters mais leves (a versão aqui em teste, com ABS, pesa apenas 159 kg), quando comparada com as suas principais rivais, o seu manuseamento é bastante fácil o que irá agradar sobretudo às senhoras que por vezes passam por maiores dificuldades quando pretendem manobrar ou estacionar a sua scooter/moto. Ajuda adicional e bastante importante, é a enorme facilidade em acionar o descanso central, dos mais fáceis que encontrei até hoje tanto em scooters como em motos.
Quando nos sentamos, questionamo-nos imediatamente, "é mesmo uma scooter 125?", tal é a generosidade de espaço que temos à nossa disposição!
Assento amplo e confortável e muito espaço para a colocação das pernas, seja esticadas, na posição "sentado" ou com os pés colocados mais atrás numa posição tipicamente de moto. Acreditem, a Forza 125 tem mais espaço para as pernas que a Íntegra. Comparem a distância que vai dos joelhos do condutor até à zona frontal de cada uma das scooters e digam-me se não tenho razão!
Também o passageiro pode contar com muito espaço à sua disposição, umas peseiras retráteis bem colocadas, que não obrigam a que se viaje com as pernas muito fletidas e umas pegas bem posicionadas.
Este novo propulsor da geração eSP, incorpora tecnologia de baixo atrito e nova disposição de componentes como por exemplo a bomba de óleo que se encontra incorporada no cárter do motor o que juntamente com uma câmara de combustão compacta e o sistema PGM-FI de injeção de combustível – alimentado por uma caixa-de-ar redesenhada, com 4,7 litros de capacidade e conduta de admissão de 28 mm de diâmetro – otimizam a velocidade de queima do combustível assegurando uma melhor eficiência na gestão do consumo de combustível e melhores performances.
No meu caso, com a minha scooter que padece do mesmo mal, resolvi o problema com três euros, adquirindo um par daqueles espelhos pequeninos que se vende na maioria das lojas dos chineses…
MOTOR & CICLÍSTICA
Construído tendo como base o conhecido motor eSP que equipa outras scooters do construtor nipónico, o certo é que estamos perante um novo motor monocilíndrico, com quatro válvulas, e refrigeração liquida, que debita uma potência de 15 cv às 8.750 rpm, com 12,5 Nm de pico de binário às 8.250 rpm.
Este novo propulsor da geração eSP, incorpora tecnologia de baixo atrito e nova disposição de componentes como por exemplo a bomba de óleo que se encontra incorporada no cárter do motor o que juntamente com uma câmara de combustão compacta e o sistema PGM-FI de injeção de combustível – alimentado por uma caixa-de-ar redesenhada, com 4,7 litros de capacidade e conduta de admissão de 28 mm de diâmetro – otimizam a velocidade de queima do combustível assegurando uma melhor eficiência na gestão do consumo de combustível e melhores performances.
Andamento de “test-drive”, andamento muito rápido e agressivo, com arranques fortes. Circulação tanto em cidade com trânsito intenso, como por vias rápidas e as obrigatórias duas passagens pela nossa “estrada de testes”. Resumindo, espremida até ao tutano!
Consumo: 2.8 L
2ª MEDIÇÂO
Andamento económico, sem arranques desvairados, ou acelerações bruscas, tudo muito soft. Foi aqui que a Forza mais me surpreendeu, pois realizou um consumo abaixo do que a própria marca indica (2,29 litros por cada 100 km percorridos, consumos efetuados em condições ideais segundo a norma WMTC)!
E ainda digo mais: visto que esta unidade apenas tinha 325 km quando a levantei nas instalações da Honda, não tenho qualquer dúvida ao afirmar que, com o motor mais rodado, conseguirá efetuar consumos ainda mais baixos!
Consumo: 2.2 L
A minha condução, tratando a Forza como se fosse minha. Andamento absolutamente normal, sem excessos, mas sem estar a fazer “festinhas”, ou seja, conduzindo-a tal como faço diariamente com a minha scooter.
Consumo: 2.5 L
- Média final do consumo efetuado durante este teste-drive, desde o dia em que foi levantada na Honda até ao dia em que a devolvi:
Consumo final: 2,5 L
Toda a ciclística da Forza é de superior qualidade. Isso sente-se logo nos primeiros metros rodados pois, além de uma leveza e facilidade de condução que transmite ao condutor um excelente conforto e sobretudo confiança para enfrentar o trânsito intenso das grandes urbes, também fora das cidades é um excelente meio de transporte para percursos maiores e até viagens longas, mesmo a dois.
Na cidade tem um ótimo comportamento onde, até tentei por duas vezes um confronto direto, vulgo "picanço", com duas PCX, tendo vencido ambas no arranque, mas ficando com uma certa dúvida sobre qual das duas scooters é a mais rápida. De alguma forma, fiquei com a impressão que os condutores das PCX ficaram talvez um pouco intimidados com a imponência da Forza e não se aplicaram totalmente naqueles dois arranques. Será um daqueles tira-teimas que por certo irá ser efetuado vezes sem conta, sempre que uma PCX e uma Forza se encontrarem num semáforo, algures por aí.
Claro que nestas contas não podem entrar as PCX que andam por aí, artilhadas até ao pescoço, aliás, já sabem qual a minha opinião sobre esses "kitanços" e afins…
No dia seguinte, tive a "sorte" de encontrar outra PCX (Preta) ali na A5 e não tenho dúvidas, o seu condutor "picou-se" (sabem aquele movimento típico e imediato de baixar-se e ir constantemente a olhar para o velocímetro e para os espelhos retrovisores?) e espremeu bem a sua PCX só que, mesmo levando o para-brisa colocado na posição mais elevada e sentado de forma absolutamente normal e de pernas esticadas (já não tenho idade para fazer certas figuras...), a Forza passou com toda a facilidade pela PCX, como comprovam os 120 km/h em reta e os 130 km/h a descer, já com o limitador de rotações a fazer o seu trabalho e a agulha do conta rotações nas 10500 rpm, dentro da faixa vermelha.
No entanto para mim, muito mais importante que ser um "cagagésimo" mais rápida que a PCX no arranque ou que atingir os 130 km/h com os "bofes" de fora, é o comportamento do seu propulsor a médias rotações pois não existe nenhuma outra scooter e até moto que esteja equipada com um motor monocilindrico de 125 cc cuja potência não ultrapasse os 15 cv, que consiga rodar a 100/110 km/h com a "souplesse" desta Honda.
Com o ponteiro do velocímetro em cima da marca dos 100 km/h, o motor mal se ouve e as vibrações são praticamente inexistentes, parecendo que a Forza desliza estrada fora.
Apenas ao nível dos pneumáticos (IRC) é que a Forza poderia estar melhor equipada pois, apesar de nunca a ter sentido a escorregar, mesmo debaixo de chuva forte, o certo é que o pisar (algo duro) e a forma como estes pneus efetuam a "leitura" do que se passa lá em baixo, faz com que nunca se tenha absoluta confiança neles o que é pena pois, a nobreza da sua ciclística merecia melhor.
Aliás, não tenho dúvida em como esta scooter, equipada com uns pneus de superior qualidade tem arcaboiço suficiente para aguentar com a maior das facilidades um motor de maior cilindrada e outro nível de performances. Será que é isso que vai acontecer num futuro próximo, entrando a Honda em confronto direto com o que grande parte das marcas rivais fizeram – o mesmo modelo com motorizações diferentes? Vamos ter de esperar…
Apenas digo: que bem que lhe ficava o propulsor da SH300i!
Caros Concessionários,
O Clube Português de MaxiScooters realizou, ontem, Domingo dia 10 de Maio, o Desafio Forza 500kms.
Este Desafio, coordenado em conjunto com a Honda Portugal e a participação da Motodiana, procurou confirmar que o reduzido consumo da nova Forza 125 permitia conduzir mais do que 500kms com um depósito de combustível.
Como sabem a ficha técnica da Forza indica uma capacidade de depósito de 11,5 litros e a Honda anuncia um consumo de 2,3 pelo método WTMC.
Feitas as contas na calculadora temos um resultado teórico de 500kms de autonomia
Mas na estrada qual seria a real autonomia de um depósito com a Forza 125?
O resultado final excedeu as melhores expectativas com o número impressionante de 545,3 kms (sem esgotar a gasolina do depósito) e um consumo real de 2,1Lt/100kms
Quando atestaram a moto colocaram 11,2 lts o que significou que a moto ainda tinha 0,3 litros
Podia detalhar esta acção com pormenores mas melhor do que isso sugiro que vejam, leiam, e acompanhem o tópico e relato integral da história que o clube publica no seu forum e que é de acesso livre.
O relato da viagem, os resultados alcançados e os comentários de todos os intervenientes e seguidores desta comunidade de utilizadores de scooters são muito favoráveis e mais um excelente argumento de vendas para este fantástico modelo.
Junto link em anexo. Este tópico já tem (até ao momento) 14 páginas de relatos e comentários.
Até à página 10 podem ler a preparação da acção e a partir da página 10 relata o inicio do teste efectuado ontem no Alentejo.
Um agradecimento especial à Motodiana que disponibilizou a sua moto de teste e foi fundamental na coordenação e realização desta acção
http://clubeportuguesmaxiscooters.org/forum/index.php/topic,24074.135.html